Atualmente temos vivido uma noção perdida de prática educativa. Professores, pais, alunos (as) e até os órgãos competentes não entendem educação como processo de ensino-aprendizagem e não vêem a escola, a sala de aula como um lugar onde esse processo deve ser desenvolvido. Vêem a escola apenas com o olhar burocrático. O professor é visto como o protagonista na transmissão de saber e o (a) aluno (a) um recipiente vazio, prestes a ser preenchido pelo “mestre”.
Nesse processo de mera transmissão do conhecimento o (a) docente deixa de proporcionar aos seus alunos e alunas a oportunidade de serem sujeitos autônomos, capazes de absorver o conhecimento que lhes foi dado e em cima dele construir suas próprias ideias. Sendo a educação elaborada desta forma, seu “produto” nada mais será do que um cego a ser guiado. Digo cego, pois, o (a) aluno (a) enxergará o mundo com os olhos dos outros uma vez que não será capaz de pensar. Os (as) alunos (as) produtos dessa educação são confundidos certas vezes com maquinas que apenas reproduzem o que já lhe foi reproduzido um dia.
No seu processo de aprendizagem, o (a) aluno (a) está em constante construção –desconstrução – reconstrução de saberes. Daí culminasse dizer que a “aprendizagem é um processo contínuo e duradouro” (Demo).
Mas para que os (as) alunos (as) busquem uma autonomia é necessário que eles (as) sejam de alguma forma estimulados (as), não só pelo professor como também para todos que os rodeiam. Os (as) alunos (as) precisam de um ambiente favorável, uma vez que como afirma Vygotsky a cultura é parte da natureza de cada pessoa. Sem este estímulo o (a) aluno (a) é quase que incapaz de tornar-se um ser autônomo.
Rosiane Alves