Segundo Grossi, o homem é desprovido de qualquer conhecimento básico para sobrevivência, e “geneticamente social” (Wallon), definindo o aprender como forma de identificação pessoal forjada com a sociedade, na qual, construirá conhecimentos essências para “vida”. A inserção ao grupo defere-se em dois sentidos, o primeiro é se identificar com as características do grupo e ser acolhido pelo grupo o segundo é ser diferente dos componentes do grupo, sendo assim acrescentando e não subtraindo. Estes sentidos de inserção ao compararmos com o processo de aprendizagem lembra-nós a “concepção interacionista” na qual, é definido como conhecimento constituído na interação sujeito/ ambiente (Ataíde e Lautert), podemos dizer aqui que a criança e o adulto tem algo a oferecer um ao outro, afinal somos seres inacabados, seres em construção não só nós mais também o próprio saber tem várias visões como define “Demo aprender e conhecer são coisas dinâmicas”. Quando a autora nós fala ser diferente em um grupo onde encontramos características semelhantes não significa a ruptura do grupo, mas sim deixar marcas pessoais não só no grupo mais também no “mundo”, podendo relacionar com essas palavras captar, criar e recriar, pois o homem num determinado tempo ele captou, criou e recriou e não será diferente na próxima geração. O primeiro sentido de inserção que é acolhimento e a identificação das características com os demais o indivíduo consegue fantasiar um ideal, já o segundo sentido o de ser diferente é onde há a quebra do fantasiar o ideal. Grossi, também da ênfase em dizer que é pobre, triste e ilusória a não autonomia, vivendo a sombra do outro, sim devemos sofrer influência da sociedade, mas também temos que influenciar a sociedade.
Podemos definir o ethos do homem como um ciclo vicioso, tal qual, nascemos, sobrevivemos e morremos e a única interferência é a sociedade.
Simone Santos Fidelis