O DESAFIO DE ACEITAR E COMPREENDER A CRIANÇA AUTISTA ( (SOB O OLHAR DA TEORIA COMPORTAMENTAL)

Por EDNA DAS DORES DE OLIVEIRA COIMBRAPublicado 12/11/2010PsicologiaAvaliação: Sem nota
O DESAFIO DE ACEITAR E COMPREENDER A CRIANÇA AUTISTA (SOB O OLHAR DA TEORIA COMPORTAMENTAL)
EDNA DAS DORES DE OLIVEIRA COIMBRA

O DESAFIO DE ACEITAR E COMPREENDER A CRIANÇA AUTISTA
(SOB O OLHAR DA TEORIA COMPORTAMENTAL)

Rio de Janeiro
2008

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Teológica Mundial da Graça de Deus, em cumprimento às exigências do Curso de Mestrado em Psicologia Pastoral lato sensu como requisito parcial a obtenção de título de MESTRE sob a orientação do professor Dr. Sinval Soares Ribeiro.

Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de “Mestre em Psicologia Pastoral” e aprovada em sua fase final pelo programa de Pós-Graduação em Teologia.
Dr. Sinval Soares Ribeiro - Orientador
BANCA EXAMINADORA:
Dra. Sonia Maria Amat - PhD
Dr. Rodrigo Fernando de Souza Moreira - PhD
RESUMO

O presente trabalho consiste na investigação sobre as características, necessidades, aprendizagem e interação da criança autista junto ao meio familiar, social, escolar e religioso. A idéia desta investigação foi concebida pela autora como forma de uma metodologia de trabalho com pesquisadores, teóricos e profissionais que se valem dos métodos e princípios teóricos da Psicologia Comportamental com objetivo de analisar e entender as características específicas do comportamento da criança autista nas áreas afetivas e de relacionamento interpessoal. As dificuldades do ensino e do acompanhamento psicoterapêutico dessas crianças, bem como o desafio de um prognóstico satisfatório em todas as áreas citadas a cima têm mobilizado emocionalmente e despertado a atenção de um número crescente de profissionais de saúde, na tentativa de contribuir para uma maior reflexão a respeito das questões implicadas no processo de aprendizagem da criança autista. Por entender que a proposta da Teoria Comportamental produz relevante troca de experiências, pois privilegia as interações e o desenvolvimento cognitivo no processo de comunicação entre a criança autista e o mundo que a cerca, analisa-se a Teoria Comportamental como recurso psicológico no processo de interação e de desenvolvimento da criança com autismo. Para tal, o presente trabalho caracteriza-se como um estudo qualitativo e esta sistematizado de forma que a revisão da literatura permita aos interessados pelo assunto manter contato com a extensão do problema e o contexto em que a pesquisa está inserida.
Palavras-chave: Comportamento. Aprendizagem. Interação. Habilidades
RESUMEN
El actual trabajo consiste en la investigación en las características, las necesidades, aprender y la interacción del niño del autista al lado de familiares, de sociales, referente a escuela y religioso la manera. La idea de esta investigación fue concebida por el autor como forma de una metodología del trabajo con los investigadores, los teóricos y los profesionales que si son válidos los métodos y los principios teóricos de la psicología de Mannering con el objetivo para analizar y para entender las características específicas del comportamiento del niño del autista en las áreas afectivas y de la relación interpersonal. Las dificultades de la educación y del acompañamiento del psicoterapêutico de estos niños, así como el desafío de un pronóstico satisfactorio en todas las áreas citadas la tapa han movilizado emocionalmente y el despertado la atención de un número de aumento de profesionales de la salud en la tentativa de contribuir para una reflexión más grande con respecto a las preguntas implicó en curso de aprender del niño del autista. Para entender que la oferta de la teoría de Mannering produce el intercambio excelente de experiencias, por lo tanto privilegia las interacciones y el desarrollo del cognitivo en curso de comunicación entre el niño del autista y el mundo que la cerca, lo analiza teoría de Mannering como recurso psicologico en curso de interacción y desarrollo del niño con autismo. Para tales se caracteriza el actual trabajo mientras que un estudio cualitativo y éste sistematizan de la forma esa la revisión de la literatura permite a los partidos interesados para conforme a contacto de la subsistencia con la extensión del problema y del contexto en donde se inserta la investigación.
Palabra-llave: Comportamiento. El aprender. Interacción. Capacidades
DEDICATÓRIA
A Alma dos Diferentes
Artur da Távola
".. Ah, o diferente, esse ser especial! Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora,
momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem
assim. E de medo de não agüentar, caso um dia venham, a ser. O diferente é
um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos
sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente,
talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente
medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente
que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os
entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo
inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride. Se o
diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando
algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere
a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano. O
verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos
dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o
que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção
aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um
estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?”
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba
incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram
(e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo
dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto
todos em torno agridem e gargalham. É o que engorda mais um pouco; chora
onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam.
Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre
sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito
rotiniza. Sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que
ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda
onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não
desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o
adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele
aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a
média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados,
magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo,
excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas
erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão,
doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas
deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são
capazes.
Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja
suficientemente forte para suportá-lo depois."